sábado, 29 de dezembro de 2007


Consciência é um ser de outro mundo que aponta o dedo na sua cara te cobrando das coisas que você fez quando estava sem ela.
Consciência
Com ciência
om ciência
m ciência
ciência
Nenhuma explica.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Espiritualista..


Dia desses, encontrei um velho amigo o qual não via há muito tempo. Por acaso, andávamos na mesma rua e resolvemos tomar uma cerveja.
Conversa vai, conversa vem, e o sujeito me pergunta: E você? Parou de ir na Igreja?
Nós frequentávamos o grupo de jovens de uma Igreja Católica aqui perto de casa.
Respondi: Não, não.. Faz tempo que nem ponho os pés lá na Igreja! - ao que ele replica: Jura? Nossa, mas você não pode ficar assim, sem Deus! Eu vou todo domingo na missa! - exclamava vitorioso e satisfeito.
- Mas eu não fico sem Deus; sou espiritualista há um bom tempo, aliás, desde que parei de ir no grupo.
- O QUÊ ?
Só por aí, eu vi que aquele papo não renderia boas coisas..
- Sim, minha mãe havia entrado e você sabe que eu sempre questionei muito o catolicismo, daí foi quando me identifiquei com o espiritualismo.
- Hum...
Mudo e espantado demais, eu queria mudar de assunto, mas ele insistiu:
-Hahaha, então você recebe os espíritos e faz macumba? Olha, minha sobrinha tava com mau olhado esses dias, dá pra você cura-la?
Meu querido, eu sou espiritualista, não mãe de santo.. Ô coisa difícil de se entender e distinguir..
- Hehehe, não. Eu NÃO curo ninguém, NÃO faço macumba nem simpatias.. (e NÃO quero te explicar isso, porque você não vai entender. - pensamentos correm soltos quando alguém me diz essas besteiras..). Mas se você quiser - respondi mais educadamente - pode ir lá qualquer dia, é bem tranquilo, não acontece nada do que pensam por aí, não tem sacrifícios e nem coisas malignas, apenas lemos o evangelho e o discutimos.
- Ah não, obrigada! Eu não gosto de mexer com essas coisas de morto que não é morto, gente que vem puxar o pé dos outros à noite.. Comigo não tem vez, eu não mexo com eles e eles não mexem comigo, sai fora!
Confesso que gosto de analisar a reação das pessoas perante algumas situações, mas essa já estava me irritando.
- Não, o que é isso.. Não é nada disso que você pensa, ninguém puxa o pé de ninguém e na nossa filosofia, não existem mortos; a morte é apenas uma passagem, mas seu espírito permanece. O legal é que você encontra muitas respostas indo ao centro.
- Que espírito permanecer o que! Imagina só, se isso fosse verdade, eu deveria ter nascido com a imagem de um velho ranzinza, imagina "quantas vidas eu já não vivi" AHAHAHAHAH

-Hahaha. É, talvez seja por isso que você anda com pensamentos tão, digamos, leigos.

-O que quis dizer com isso?

-Esquece. – Garçom, traz a conta por favor! – Tenho que ir, querido; bom te ver. (duro seria te rever..)

Imagine se eu tivesse falado em ateísmo..

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

coca quente, o nome.


Por que as pessoas se vão?
Aeroportos sempre dão nostalgia, tanto pra quem vai quanto pra quem vem.
Hoje fui a um destes na despedida de uma amiga, e no carro pensava o que iria fazer lá, sendo que ela ia embora mesmo.
As pessoas gostam de rituais, né? Mesmo sendo de dor, o ritual de partida é algo necessário para que se possa ter uma última lembrança, ou aquele abraço apertado dizendo tchau. O que me intriga é que elas fazem isso só quando se despedem por um longo prazo; mas eu, particularmente, tenho memória das saídas, bebedeiras e comemorações e dos abraços apertados que dava quando a gente voltava pra casa. Com tudo isso, pra que ter lembrança de um aeroporto, cara de choro e abraço apertado e agonizado, como se fosse acontecer algo de muito ruim?
Isso caiu como uma coca - cola, protudo mizerável e cheio de gás pra entrar nas narinas e fazer arder, quente pra mim. Porque essa tal faz um mal danado e mesmo assim tomamos. Mas as vezes, pense comigo, pode ser um mal que vire bem, se imagine de pórri. Após tomar uma coca quente, ou te dá desinteria, ou você vomita; o que consequentemente, alivia seu pórri.
E foi pensando nisso que fiz o título desse blog, pra que seja algo que não caia muito bem, porém necessário às vezes.


Sirva - se