quarta-feira, 19 de março de 2008

mais uma dessas coisas que eu penso..


Agora mesmo posso sentir a sensação que tenho quando entro no avião e mais acentuada quando saio. Fui, disse que ia voltar e voltei. O tempo não foi o esperado, porém suficiente.
Conheci gente nova, interessante e bonita. Culturas diferentes e opiniões variadas, um arranque para uma cabeça mais completa, que sonha com o mundo e suas descobertas. Quero mais! - sem parecer propaganda de gelatina.

Mal cheguei e já estão me tocando pra fora de casa, tenho que me mexer e começar de fato minha vida. A minha. A que eu faço e dito minhas regras, conforme manda o sistema: trabalhar, estudar e morar fora de casa, a chamada independência. Eu acredito que isso tudo está muito massificado, como: a sociedade diz o que tem que ser e assim é, sem mais. Sem discutir, como diria minha mãe me dando uma lição de moral. Mas espera um pouco. Se é o sistema quem dita, onde fica minha independência e liberdade?

A verdade é que temos uma pseudo liberdade, como um subordinado, que "faz o que quiser" dentro das normas do patrão. Se o fizer bem feito, ganha, porém se o fizer mal feito, ninguém tem piedade e te absolve de seus pecados, e pior ainda se não se mover pra nada.
Por esse bem-colocado exemplo se pode ter uma idéia sobre a vida e suas obrigações, que são sempre nesse formato. Entre os humanos não existe o mais poderoso de todos, porque sempre vai ter alguém ou alguma coisa que te fode a vida se você não fizer o que este pede, é sempre fôrma em cima de fôrma, sem fim e sem saída. Todos têm que faze-lo se não não vive, vegeta e apodrece.
Eu já tive um pensamento mais radical, nos meus tempos de descobrimento da adolescencia, aquele pré adolescente chato que responde a tudo e todos com ácidas palavras e achando que o mundo era muito ruim e que eu não iria fazer parte disso, eu quebraria o sistema e viveria da minha forma.
Hoje sou mais pacífica em relação à isso. Uma pessoa não sobrevive se não utilizar nem um mínimo do sistema e consequentemente fazer parte dele.

Se fosse analisar friamente, morreria de depressão achando que nada vale a pena, mas, de uma forma covarde, como que para fugir disso, prefiro analisar calorosamente e
sonho mais acordada que dormindo.

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