segunda-feira, 30 de junho de 2008


Ah, horizonte!
Quantas histórias abrigas,
quanto mar,
quanto verde,
quando Mundo!

Fabuloso este, que me presenteia
com nossas manhãs.
Vertigem me vem ao olhar-te,

Horizonte,
O que seria de nós
sem o nosso amor?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ela chegou.

Melhor seria se ficasse longe, ou pelo menos camuflada, como se mantinha a algum tempo. Mas ela quis aparecer.
Bateu à porta, como quem não quer nada. Mal cheguei perto do olho mágico e ela entrou.
Entrou e sentou no sofá pra tomar um café e esperar.
"Fique a vontade, pode tomar conta do espaço, não me importo."


- Saia! Não te quero aqui, solidão!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

sobre a vida - por Seu Tonho


- As coisas acontecem quando elas quererm, Tubia. Elas são umas bichinhas mimadas, querendo acontecer na hora que bem entendem, e você que se vire pra lidar com elas, e com as consequencias, e em como agir e em como ficar depois que elas passam.
Não querem nem saber se você se acha pronto, ou desprevinido; o problema é seu e a decisão, delas. E o pior é que as coisas estão em tudo, ou seja, sua vida inteira você vai ter que ir aprendendo a trabalhar com elas. Então num precisa ter pressa, ou medo. Pelo menos saber que você nunca sabe quando elas vão acontecer, você já sabe.

- Dizia Seu Tonho a Tobias, que aflito lhe contava sobre a montanha - russa de seu flerte com Zilda, que ora o correspondia, ora não; o que o deixava cada vez mais ancioso e preocupado, com dias felizes e desanimados, sempre por causa do mesmo rosto liso, claro e sereno. -

sábado, 7 de junho de 2008

E se eu fosse ..


E se eu fosse uma heroína? Ah ! Seria lindo, mas também eu não teria tempo pra nada; ia só ficar pra lá e pra cá acudindo os outros.. Ou então iria parar nas veias de um narcótico por aí ..
E se eu fosse um vírus? Pairaria pelo ar, seria invisível e nem precisaria bater asas para ficar voando.. Que maravilha deve ser, isso é o máximo de discrição que algum ser pode ter, que tudo! Mas e se alguém inspirasse perto de mim? Aí acabaria minha liberdade.. Ah! Deixa pra lá.. Então, se eu fosse uma médica? Ah não, acabaria com a vida da minha hipótese anterior, é incoerente.
Mas e se eu fosse uma fotógrafa? Que lindo seria! A única desvantagem é ter que carregar a máquina pra todo lugar, mas mesmo assim, acho tão charmoso.. Sem contar que eu faria imagens lindas de coisas simples, ou esticaria a cara de uma metida por aí.. Seria tão mágico guardar uma seleção de coisas que vejo, mais ainda: parar o tempo. Congelar aquela imagem, cena, que na vida é passagem, mas na foto, como na minha memória, é eterno.
Adoraria. Mas terei de esperar um pouco pra que isso possa acontecer..
Enquanto isso, e se eu fosse...
Tomar um café?