Em uma superlotação típica de São Paulo às 6:00, eu e meus pensamentos nos espremiamos em alguns centímetros de chão, divididos com os outros que, com semblante cansado, cochilavam entre uma parada e outra.
Juntamente com Amy Winehouse, tentava "matutar" como chegaria em casa, já que era a primeia vez que tomava aquele coletivo.
Olho para os lados e, na multidão, reparo em duas mulheres: uma com cara de quem me batería se a perguntasse algo e outra ao telefone. O tempo passando, eu sem saber onde descer. E se fosse o ponto que passou? Será que vai demorar?
Terminada a ligação da mulher com cara mais agradável, getilmente tirei os fones de ouvido e a perguntei qual seria o melhor caminho para ir à "Sabará". Ela meio indecisa, me disse que não sabia direito, mas provavelmente eu desceria no mesmo ponto que ela e tomaria algum outro ônibus. Ok, mas qual? E onde? Já eram 7:38. A agradeci, como manda a boa educação, não iria dizer: ok, você solucionou 25% do meu problema, não ajudou muito.
As pessoas dos assentos na nossa frente saíram e, vitoriosamente nos sentamos.
- Falta muito pra chegar? - Perguntei querendo um não.
- Ah, falta um pouquinho sim..
Maravilha! Eu sempre gostei de ficar horas no ônibus mesmo, nem estou cansada.
A mulher pega o celular novamente. Disca. Diz o nome do ônibus que estamos.
- Você quer descer a Sabará, não é? - Me pergunta rapidamente.
- Sim, sim, mas por qu - sem me esperar, fala ao telefone: É, descer a Sabará.
Será que ela vai me roubar? Vai mandar a máfia me seguir? Vai até o apartamento comigo me espancando? Vai colocar espiões pra qualquer dia desses me raptarem? (NÃO rapte-me camaleoa) Ai meu Deus, tudo passa na cabeça da interiorana que acaba de chegar.
- Ah, tá bom, o El Dorado, atravessando a rua, Obrigada! - desliga o telefone.
- Bem, descemos no próximo ponto e eu te digo onde tem que ir. Liguei pra central de ônibus aqui de São Paulo e você vai ter que pegar o "El Dorado" atravessando a rua. Vem, vamos descer. Bom, vamos rápido pra pegar o sinal fechado. Eu fico por aqui, mas é só atravessar e esperar, vai lá, boa sorte!
- Obrigada ! - Boquiaberta e sorridente a agradeci.
O que acontece com esse povo, minha gente? É raça extinta? Achei super estranho a mulher gastar seus créditos só pra me ajudar, mas tenho que lembrar que estou num lugar onde tudo é possível, até a bondade! Horrorshow.
E o ônibus era exatamente aquele que ela falou.
Salve à mulher do ônibus !
Juntamente com Amy Winehouse, tentava "matutar" como chegaria em casa, já que era a primeia vez que tomava aquele coletivo.
Olho para os lados e, na multidão, reparo em duas mulheres: uma com cara de quem me batería se a perguntasse algo e outra ao telefone. O tempo passando, eu sem saber onde descer. E se fosse o ponto que passou? Será que vai demorar?
Terminada a ligação da mulher com cara mais agradável, getilmente tirei os fones de ouvido e a perguntei qual seria o melhor caminho para ir à "Sabará". Ela meio indecisa, me disse que não sabia direito, mas provavelmente eu desceria no mesmo ponto que ela e tomaria algum outro ônibus. Ok, mas qual? E onde? Já eram 7:38. A agradeci, como manda a boa educação, não iria dizer: ok, você solucionou 25% do meu problema, não ajudou muito.
As pessoas dos assentos na nossa frente saíram e, vitoriosamente nos sentamos.
- Falta muito pra chegar? - Perguntei querendo um não.
- Ah, falta um pouquinho sim..
Maravilha! Eu sempre gostei de ficar horas no ônibus mesmo, nem estou cansada.
A mulher pega o celular novamente. Disca. Diz o nome do ônibus que estamos.
- Você quer descer a Sabará, não é? - Me pergunta rapidamente.
- Sim, sim, mas por qu - sem me esperar, fala ao telefone: É, descer a Sabará.
Será que ela vai me roubar? Vai mandar a máfia me seguir? Vai até o apartamento comigo me espancando? Vai colocar espiões pra qualquer dia desses me raptarem? (NÃO rapte-me camaleoa) Ai meu Deus, tudo passa na cabeça da interiorana que acaba de chegar.
- Ah, tá bom, o El Dorado, atravessando a rua, Obrigada! - desliga o telefone.
- Bem, descemos no próximo ponto e eu te digo onde tem que ir. Liguei pra central de ônibus aqui de São Paulo e você vai ter que pegar o "El Dorado" atravessando a rua. Vem, vamos descer. Bom, vamos rápido pra pegar o sinal fechado. Eu fico por aqui, mas é só atravessar e esperar, vai lá, boa sorte!
- Obrigada ! - Boquiaberta e sorridente a agradeci.
O que acontece com esse povo, minha gente? É raça extinta? Achei super estranho a mulher gastar seus créditos só pra me ajudar, mas tenho que lembrar que estou num lugar onde tudo é possível, até a bondade! Horrorshow.
E o ônibus era exatamente aquele que ela falou.
Salve à mulher do ônibus !
4 comentários:
é, mazinha, nessa vida doida, só vendo pra crer!
hahaha
mas meu, que a mulher foi muito boazinha, ela foi!
;*
BEST MARÍLIA'S POST 4EVER EVER AND EVER
morri, amor =*
"BEST MARÍLIA'S POST 4EVER EVER AND EVER"
Essa propaganda trouxe-me aqui. HOHO!
Cara, isso faz-me lembrar de uma mulher que me deu carona no dia do vestibular sem mesmo me conhecer quando percebeu que eu corria desesperadamente contra o tempo para chegar ao lugar da prova. Gentes bondozas ainda existem, sim. Deus as abençoe sempre! HOHO!
:Tiago Faller.
esta coisa d esperar sempre o pior é a um tempo tão estranha e tão comum. reflexo destes dias difíceis, talvez, mas certamente uma falta. conservamos, então, a vida ou a humanidade? é uma questão q ñ merece sequer resposta, penso eu. (“mas q sujeito chato sou eu q ñ acha nada engraçado...”) :-s
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